"Vai e faz o mesmo!"

07-07-2010 00:01

Lucas, 10, 25-37 Naquele tempo, um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna? ”Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês? “Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”“. 

Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo? ”Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora, deixando-o quase morto.

Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado.

O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão.Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele.
No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais.
E Jesus perguntou: Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?

Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.

Então Jesus lhe disse: “Vai e faz a mesma coisa”.

 

1) Que técnica Jesus usa na parábola para confrontar o preconceito e mostrar até onde deve ir o nosso amor pelo nosso “próximo” ou “semelhante”? R.: “Jesus disse: amai os vossos inimigos...”

Jesus disse: “Foi-vos dito: ‘Ama os teus amigos. Despreza os teus inimigos.’ Eu, porém, digo: Amem os vossos inimigos. Bendigam os que vos maldizem. Façam o bem aos que vos odeiam. Orem por quem vos persegue! Assim procederão como verdadeiros filhos do vosso Pai que está no céu. Porque ele faz brilhar o Sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e manda a chuva cair tanto sobre justos como injustos” (Mateus 5:43-45).


2) Em que direção estava indo o sacerdote? Por que isso é significativo? R.: De Jerusalém para Jericó. Isto é importante porque significa que não estava indo em direção ao Templo, a serviço, e que portanto teria tempo de parar e socorrer o homem – um judeu como ele.


3) O que a boa ação, o resgate, do samaritano exigiu dele? O que ou quanto lhe custou socorrer o necessitado? (Em termos de tempo, esforço, recursos que tinha consigo e possíveis futuros recursos). R.: Sacrificou seu tempo, transporte, dinheiro. Arriscou ficar mais vulnerável aos ladrões na estrada porque teria de seguir mais devagar. O mais importante é exigiu sua empatia, sua compaixão e seu amor.


4) Qual foi a atitude demonstrada por cada personagem na parábola?
R.: Indiferença, frieza, preguiça, egoísmo. Alguém já explicou desta forma:
Ladrões: “O que é seu é meu, vou tomá-lo.”
Sacerdote e Levita: “O que é meu é meu, vou retê-lo.”
Samaritano: “O que é meu é seu, vou compartilhá-lo.”


5) O especialista na lei perguntou “quem é o meu próximo?” Mas Jesus perguntou para ele, depois de ter contado
a parábola: “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu na mão dos ladrões?” Qual a diferença entre uma pergunta e outra?
R.: O especialista concentrou no objeto do socorro – o homem caído à beira da estrada – e Jesus concentrou no sujeito da boa ação – o samaritano. Com isto mostrou que a pergunta que devemos fazer não é somente “onde está o meu próximo?” mas “como posso ser um próximo?” sempre que vemos alguém necessitado.

 

por ANTONIO CARLOS DO AMARAL - coord. dpto. liturgia